segunda-feira, 7 de setembro de 2009


Despida
De toda
Loucura
Nua e tua
Agora sou.
Tua boca
Teus braços
Teus laços
Teu corpo
Dentro de mim
A queimar a alma
Acalma e ameniza
Flutuo nesse aroma.
Embriago-me de teu suor
Que escorre, que lava e me encobre.
Agora me olha como se fosse a última vez
Agora me respira como se eu fosse o único ar
Agora me saboreia como ao primeiro manjar sobre a mesa.
Novamente me vejo amparada por sua força
Novamente sinto ser invadida, possuída
Novamente me perco em seus olhos
Sucumbida diante dessa força
Afogo-me, embevecida
Turva as minhas vistas
Confunde e agoniza
Mas estremece-me
O peito e a alma
Sequestra-me
Meu corpo
Meus laços
Meus braços
Minha boca
Agora és
Nu e meu
Louco
De todo
Despido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário